
.png)
O caminho até aqui nem sempre foi linear.
Entre rascunhos, rabiscos e tentativas, encontrei na Psicologia a direção;
na Psicanálise winnicottiana, o norte.
Neste caminho novo, encontrei o antigo, o familiar.
Nesta trilha embalada pelo som das palavras e do silêncio,
compõe-se uma canção que a gente sabe de cor,
mesmo sem nunca ter ouvido.
Na graduação e na pós, a escuta foi afinando o tom,
ensinando a melodia que eu ouviria no ritmo do tempo do outro.
Na clínica, na supervisão e na vida,
o cuidado é a letra que encontra, na rima,
a poesia que toca, ressoa e transforma
para além daquele instante.
—
E se você chegou até aqui, talvez sua busca seja por escutar novos timbres e (re)encontrar a própria voz.
Seja bem-vinda(o).
Larissa Garcia Ponce
Sobre Mim
Sou psicóloga formada pela UNESP (CRP 08/24725).
Doutora e Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, e psicanalista filiada ao Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana (IBPW) e à International Winnicott Association (IWA)
Ao longo da minha trajetória, dediquei-me ao atendimento psicanalítico infantil a partir da perspectiva winnicottiana, com ênfase, no doutorado, à psicoterapia de crianças institucionalizadas. Atualmente, atendo adolescentes, adultos e idosos em minha clínica.
Acredito que, a partir de um enquadre clínico adaptado, pessoal e previsível, é possível proporcionar uma experiência emocional reparadora por meio de uma relação humana simplificada e estável.
No trabalho terapêutico, o manejo e as intervenções interpretativas são tecidos de maneira sensível, precisa e empática, orientados pela história singular e pela possibilidade de compreensão de cada paciente.
Neste espaço seguro e sustentador, é possível reexperimentar vivências emocionais em um ambiente propício para recordar, repetir, experienciar, elaborar e integrar a própria história, no próprio ritmo.
Além da clínica, atuo como palestrante, supervisora clínica (individual e em grupo) e docente de pós-graduação na PUC-PR e na Escola de Psicoterapia Psicanalítica de Maringá (EPPM), onde também fui organizadora e coordenadora pedagógica de cursos anuais sobre Psicanálise Winnicottiana.
Recentemente idealizei o curso IMERSÃO WINNICOTTIANA CRIANDO-ENCONTRANDO A TEORIA E A CLÍNICA.
Seja no atendimento, na supervisão ou no ensino, minha prática é guiada pela ética do cuidado winnicottiano, indo ao encontro das necessidades de forma genuína e interessada, com o intuito de oferecer um ambiente facilitador para o amadurecimento emocional.


Supervisão clínica
Frequentemente, nos deparamos com pacientes — e, muitas vezes, com suas famílias, em um último recurso após tratamentos fracassados — que padecem de sofrimentos profundos e demandantes.
Manejar clinicamente essas agonias é uma tarefa que desafia até mesmo os psicoterapeutas mais experientes, exigindo um cuidado que transcende os limites rígidos do setting tradicional, dos cinquenta minutos e de um enquadre distante.
No trabalho com esse público, o grande desafio que frequentemente nos parece insuperável reside nas dificuldades de comunicação, que nem sempre indicam resistência ao tratamento.
Para alcançar aqueles que não conseguem expressar sua dor verbalmente — adultos com aspectos emocionais não amadurecidos, pacientes-limite que testam nossos limites com ataques pessoais —, precisamos ampliar nosso repertório e desenvolver, de modo criativo, nosso próprio jeito (mas embasado) de manejar cada caso.
A supervisão é um espaço de escuta, reflexão e elaboração da experiência clínica — um terreno fértil onde o percurso profissional encontra sustentação e pode amadurecer.
É uma travessia acompanhada, que respeita e valoriza a singularidade do encontro terapeuta-paciente.
Nesse ambiente facilitador, adaptado ao ritmo pessoal de cada supervisionando, as angústias e dúvidas podem ser sustentadas, os fenômenos clínicos compreendidos e as estratégias de manejo podem ser criadas e encontradas.
Valorizar esse espaço de compartilhamento de experiências como um espaço transicional seguro, potente e criativo pavimenta o amadurecimento pessoal de cada profissional e contribui para a construção de uma prática clínica autônoma, autêntica e significativa.


Publicações
2016- Coautora em um capítulo do livro “Práticas grupais na infância: perspectiva psicanalítica”, Editora Zagodoni, intitulado “Gestar um bebê e ‘gestar’ um grupo com grávidas e acompanhantes em Unidade Básica de Saúde”.
2015- Autora do livro “Mãe social e cuidado infantil institucionalizado: Um estudo sobre o imaginário coletivo à luz da teoria de D. W. Winnicott”, pela Editora CRV.
2011: Coautora em dois capítulos no livro: " A Psicanálise de crianças na universidade: construindo práticas e delimitando fronteiras pela Editora Arte & Ciência, intitulados: “Luto não elaborado e sintoma psicossomático: o sentido do mutismo seletivo em uma criança.” e “Sobre o uso do objeto terapeuta na clínica winnicottiana com paciente borderline”.
2010: Publicação em coautoria, capítulo de livro intitulado "Um olhar winnicottiano sobre a violência e a tendência antissocial em crianças e adolescentes em estado de risco psicossocial"no livro "A produção da violência na família e nas relações de gênero: estudos e pesquisas" pela Editora CRV.
2015: Autora do livro "Mães sociais e cuidado infantil institucionalizado: um estudo sobre o imaginário coletivo à luz da teoria de D. W. Winnicott'. pela Editora CRV.
2017: Autora do artigo “O caso Maura: o uso de mediadores dialógicos no setting analítico.” Na Revista Cadernos de Psicanálise do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, v. 39, p. 151-167
2020- Artigo sobre a perspectiva de D. Winnicott sobre a Pulsão de Morte na coletânea da Revista do Instituto Psicologia em Foco : Pulsão de Morte: 100 anos depois de Freud

